O uso de Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT, está se tornando uma ferramenta popular entre os alunos — oferecendo suporte personalizado em seus estudos. No entanto, essa inovação também traz à tona riscos que podem impactar negativamente o ambiente acadêmico.
Por que isso é importante: Enquanto os chatbots oferecem benefícios como feedback instantâneo e suporte à aprendizagem, eles também podem induzir comportamentos prejudiciais — como plágio e dependência excessiva — que ameaçam a qualidade da educação.
O que temos visto
A OpenAI lançou uma ferramenta que permite a criação de bots personalizados. Esses bots ajudam alunos em tarefas diversas — desde a preparação para exames até a escrita de trabalhos acadêmicos. Mas há um problema: quando esses bots erram, as consequências podem ser sérias. Informações erradas podem levar a decisões acadêmicas equivocadas e, em última análise, prejudicar o aprendizado.
Os riscos não param por aí. A Common Sense Media alertou que, embora chatbots possam economizar tempo, deve-se verificar as informações que eles geram. Quando usados de forma incorreta, esses bots podem incentivar o plágio e a dependência, em vez de promover o pensamento crítico.
FATO CURIOSO
As principais empresas de IA já perceberam as necessidades e preocupações específicas do setor educacional em relação ao uso responsável da inteligência artificial e começaram a adaptar seus produtos para abordar esses fatores.
Por exemplo, em maio de 2024, a OpenAI introduziu o ChatGPT Edu, uma versão do ChatGPT projetada para instituições de ensino superior. Esta iteração da plataforma popular apresenta segurança e privacidade aprimoradas, não usa conversas e dados para treinar modelos Open AI e oferece recursos para a educação, como resumo de documentos e a capacidade de alunos e instrutores criarem e compartilharem modelos GPT personalizados.
Em outubro de 2023, a Forbes Advisor entrevistou 500 professores dos EUA para entender como a inteligência artificial está moldando a educação.
Os resultados mostram que a IA é uma faca de dois gumes — enquanto oferece novas ferramentas para o aprendizado, também traz desafios sérios.
Embora a inteligência artificial apresente novas preocupações para o setor educacional, a maioria dos professores entrevistados relatou uma perspectiva positiva sobre o futuro.
IA riscos na educação: o que os professores estão dizendo
A pesquisa revela ainda que plágio e falta de interação humana lideram a lista de preocupações dos educadores sobre o uso crescente da IA nas salas de aula.
- 65% temem que a IA facilite o plágio, enquanto 62% acreditam que a tecnologia pode reduzir o contato humano essencial no aprendizado. Outros tópicos como privacidade de dados (42%) e substituição de professores (30%) também estão no radar.
Os métodos de trapaça de IA mais comuns
- 64% dos professores relataram que alunos usam IA para gerar redações.
- 31% observaram o uso de chatbots ou assistentes de voz durante exames.
- 29% notaram a aplicação de ferramentas de tradução baseadas em IA.
Ferramentas de IA mais usadas na educação
Jogos educacionais com I.A são os mais utilizados — 51% dos professores relatam seu uso. Plataformas de aprendizagem adaptativa seguem com 43%. Sistemas automatizados de avaliação e feedback são usados por 41%. Chatbots para suporte a alunos estão em 35% das salas de aula, enquanto 29% dos professores utilizam sistemas de tutoria inteligente.
Moral da história:
A inteligência artificial já faz parte das instituições de ensino, oferecendo suporte e eficiência. No entanto, plágio, redução do contato humano e riscos à privacidade são preocupações sérias. O que temos visto: Com as políticas corretas e uma abordagem ética, a IA pode ser uma grande aliada na educação. Em perspectiva, a IA deve complementar, não substituir, o que é válido no processo educativo — o pensamento crítico e as relações humanas.
- O que vem por aí: A chave está em usar a tecnologia com responsabilidade, garantindo que ela enriqueça a educação sem comprometer seus fundamentos.
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